quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Referências a algumas capacidades e procedimentos envolvidos na leitura e na escrita como práticas sociais

A escrita como processo discursivo*
A escrita é uma atividade que envolve várias tarefas sequenciais ou simultâneas e não-lineares.
A produção de um texto só tem sentido e se realiza dentro de uma prática social. O que nos faz produzir um texto é a motivação, a razão para produzi-lo: dar nossa opinião, defender um ponto de vista, reivindicar um direito, relatar uma experiência, falar sobre o que sentimos, apresentar um trabalho, provar que sabemos escrever para passarmos por algum processo de seleção...
A necessidade de escrever – a motivação – já desencadeia algumas informações sobre a nossa tarefa de produção, tais como:
q  Quais os objetivos do texto;
q  Qual é o assunto, e, linhas gerais;
q  Qual o gênero mais adequado aos objetivos;
q  Quem provavelmente vai ler;
q  Que variedade da língua deve ser utilizada;
q  Que grau de subjetividade ou de impessoalidade deve ser atingido;
q  Quais as condições práticas de produção: tempo, apresentação, formato.
Essa é a base de orientação sobre a qual o produtor vai construir o seu texto, monitorando-o para não fugir da “trilha”. Durante esse processo, estão implicadas três fases:
1)      o planejamento,
2)      a produção; e
3)      a revisão



Planejamento e produção:
a)      seleção de idéias:
a.       fazer anotações soltas e independentes
b.      fazer uma lista de palavras-chave
c.       anotar tudo o que vem à mente, desordenadamente, para depois coordenar as idéias;
d.      elaborar um resumo das idéias para depois acrescentar detalhes, exemplos, idéias secundárias;
e.       construir um primeiro parágrafo para desbloquear e depois ir desenvolvendo as idéias ali expostas
f.       escrever a idéia principal e as secundárias em frases isoladas para depois interligá-las
g.      elaborar inicialmente uma espécie de sumário ou esquema geral do texto;
h.      organizar mentalmente os grandes blocos do texto, escrevê-lo e reestruturá-lo várias vezes

b)      leitura para revisão:
a.       enfatizar as idéias principais
b.      reordenar as informações
c.       substituir idéias inadequadas
d.      eliminar idéias desnecessárias
e.       alcançar maior exatidão para as idéias
f.       acrescentar exemplos
g.      eliminar incoerências
h.      estabelecer hierarquia entre as idéias
i.        criar vínculos entre uma idéia e outra

c)      reescrita:
a.       acrescentar palavras ou frases
b.      eliminar palavras ou frases
c.       substituir palavras ou frases
d.      transformar períodos, unindo-os, por meio de conectivos ou separando-os por meio de pontuação.
e.       Acrescentar transições entre os parágrafos;
f.       Mudar elementos de lugar, reagrupando-os de forma diferente;
g.      Corrigir problemas gramaticais.


A última leitura, depois de considerarmos o texto pronto,deve “rastrear” problemas em relação à norma culta, se for o caso, na superfície do texto: ortografia, pontuação, acentuação, concordância, regência.

Algumas das capacidades envolvidas na produção de textos


Exemplos de

Gêneros


Reconhecer e fazer uso dos elementos dos
tipos de texto

Capacidades

Carta, diário, autobiografia, monólogo, diálogo
Narração / descrição /argumentação
Saber transcrever e falar de si mesmo
Relato, resumo, conto, fábula, crônica
Descrição / narração / exposição / argumentação
Saber ordenar e explicar
Anotações, roteiros, resumos, telegrama, relatório, esquema
Descrição / narração / exposição / argumentação
saber ordenar e explicar
Conto, fábula, poesia, normas, piada,
Descrição / narração / exposição / argumentação
Saber fazer uso de recursos expressivos e enfáticos
Poesia, provérbio e epitáfio
Descrição / narração / exposição / argumentação
Saber fazer uso dos recursos expressivos da linguagem poética
Comentário, editorial
Descrição / narração / exposição / argumentação
saber confrontar e classificar, defender uma tese, determinar relações de causa-efeito


A leitura como processo discursivo

Assim como a produção, a leitura envolve processos mentais não-lineares, além de conhecimentos referentes à esfera de circulação de origem do texto. Desse modo, a compreensão vai se construindo durante o processo de leitura em que o leitor reconhece as particularidades do texto e da situação social em que foi produzido.

Algumas capacidades envolvidas na leitura de textos

Um leitor proficiente dispõe de capacidades como*:
  • Decodificação de signos;
  • Interpretação de itens lexicais e gramaticais;
  • Agrupamento de palavras em blocos conceituais;
  • Identificação de palavras-chave;
  • Seleção e hierarquização de idéias;
  • Associação com informações anteriores;
  • Antecipação de informações;
  • Elaboração de hipóteses;
  • Construção de inferências;
  • Compreensão de pressupostos;
  • Controle de velocidade;
  • Focalização da atenção
  • Avaliação do processo realizado;
  • Reorientação dos próprios processos mentais





Alguns procedimentos envolvidos para uma leitura mais produtiva:
  • Seleção e hierarquização da informação:
o   observar títulos e subtítulos
o   analisar ilustrações
o   reconhecer elementos paratextuais importantes (parágrafos, negritos, sublinhados, deslocamentos, enumerações, quadros, legendas etc)
o   reconhecer e sublinhar palavras-chave;
o   identificar e sublinhar ou marcar na margem fragmentos significativos;
o   relacionar e integrar, sempre que possível, esses fragmentos a outros;
    • decidir se deve consultar o glossário ou o dicionário ou adiar temporariamente a dúvida para esclarecimento no contexto;
    • tomar notas sintéticas de acordo com os objetivos.

  • Procedimentos de clarificação e simplificação:
    • construir paráfrases mentais ou orais de fragmentos complexos;
    • substituir itens lexicais complexos por sinônimos familiares;
    • reconhecer relações lexicais/ morfológicas/sintáticos.

  • Procedimentos de detecção de coerência textual:
    • identificar o gênero ou a macro-estrutura do texto;
    • ativar e usar conhecimentos prévios sobre o tema;
    • usar conhecimentos prévios extratextuais, pragmáticos e da estrutura do gênero.

  • Procedimentos de controle e monitoramento da cognição:
    • planejar objetivos pessoais significativos para a leitura;
    • controlar a atenção voluntária sobre o objetivo;
    • controlar a consciência constante sobre a atividade mental;
    • controlar o trajeto, o ritmo e a velocidade de leitura de acordo com os objetivos estabelecidos;
    • detectar erros no processo de decodificação e interpretação;
    • segmentar as unidades de significado;
    • associar as unidades menores de significado a unidades maiores;
    • auto-avaliar continuamente o desempenho da atividade;
    • aceitar e tolerar temporariamente uma compreensão desfocada até que a própria leitura desfaça a sensação de desconforto





* Fonte: Técnica de Redação – O que é preciso saber para bem  escrever. Lúcia H. do Carmo Garcez (2001). SP – Martins Fontes.
* Fonte: Técnica de Redação – O que é preciso saber para bem  escrever. Lúcia H. do Carmo Garcez (2001). SP – Martins Fontes.

Continuação das 100 DICAS


81. A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que...
 82. Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados.
 83. Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc.
 84. "Inflingiu" o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao réu.
 85. A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).
 86. Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).
 87. O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.
 88. Comprou uma TV "a cores". Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV "a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores.
 89. "Causou-me" estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não "foi iniciado" esta noite as obras).
 90. A realidade das pessoas "podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não "foram punidas").
 91. O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.
 92. "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.
 93. A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.
 94. É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido...
 95. Vou "consigo". Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não "para si").
 96. Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.
 97. A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg.
 98. "Dado" os índices das pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas idéias...
 99. Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.
 100. "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver. 

     Bom chegamos ao final das 100 Dicas, espero que sejam bem úteis a vocês aguardem mais novidades!!

sábado, 17 de setembro de 2011

“Armadilhas” que implicam na qualidade textual


           Nesse “entrelaçar” podemos dizer que distintos elementos corroboram para que toda a tessitura, ao final, materialize-se de forma plausível, perfeita, à compreensão do interlocutor. Nesse ínterim, a competência linguística do emissor (conhecimento das regras que regem todo o sistema linguístico dominante) e o conhecimento de mundo do emissor funcionam como elementos de extrema relevância.
            Contudo, na falta de tal competência, alguns “obstáculos” indubitavelmente tendem a se manifestar, interferindo, portanto, na estética textual como um todo. Dessa feita, temos que a falta da competência linguística implica tão somente na ausência de clareza da linguagem, ofuscando todo o brilho, força e magia contidos nela.
            Nesse sentido, nós, enquanto enunciadores de um discurso, devemos estar atentos a esse fato, de forma a nos dedicar sempre a uma boa leitura, alargando novos horizontes, edificando nosso léxico e aprimorando a cada instante nossa busca pelo conhecimento. Dessa forma, algumas considerações se encontram demarcadas a seguir, com vista a enfatizar, sobretudo, os já mencionados “entraves”, os quais representam o que denominamos de desvios linguísticos. Assim, de forma a evitá-los, analisemos:
# Ambiguidade – Consiste na falta de clareza expressa pelo discurso, uma vez que a falta de ordenação do pensamento resulta na duplicidade de sentido expresso pela linguagem, materializando-se assim numa má interpretação por parte do receptor. São exemplos:
A mãe pediu para o filho dirigir seu carro.
               Nesse caso não identificamos quem é realmente o proprietário do carro, se é a mãe ou o filho.  Assim, reformulando a mensagem, obteríamos:
A mãe pediu que o filho dirigisse o carro dela.
# Barbarismo: Caracteriza-se por empregar um vocábulo de forma inadequada, tendo em vista fatores relacionados à grafia, pronúncia, morfologia e semântica. Assim representados:
bandeija, em vez de bandeja
gratuíto, em vez de gratuito
cidadões, em vez de cidadãos
tráfico de veículos, em vez de tráfego.

# Cacofonia – ocorrência manifestada pelo encontro ou repetição de fonemas os quais resultam num desagradável efeito sonoro.
Admiro a boca dela.
Vou-me já, pois anoiteceu.
# Colisão e hiato –
representa um efeito sonoro desagradável produzido pela repetição de fonemas consonantais idênticos.
Cansamos de salientar sobre isso na semana passada.
# Eco – consiste também num som desagradável, manifestado pela sequência de palavras constituídas pela mesma terminação.
Tivemos uma decepção em virtude de sua péssima atuação, revelada pela sua má preparação.
# Estrangeirismo – consiste no emprego de palavras pertencentes a outras línguas. De acordo com a origem recebem a denominação de galicismo, anglicismo, italianismo, germanismo, entre outros.
pedigree, em vez de raça
happy hour, em vez de final de tarde
démodé, em vez de fora de moda
site, em vez de sítio

# Plebeísmo – é o uso de gírias, chavões cristalizados pela convivência em sociedade. Materializados por determinadas expressões relacionadas a “tipo assim”, “ninguém merece”, “a nível de”, entre outras.
# Prolixidade – representa um acúmulo de palavras desnecessárias, ou melhor, utilizando uma expressão coloquial bem conhecida, “enchendo linguiça sem nada dizer.”
# Pleonasmo vicioso – materializa-se pelo uso de expressões desnecessárias, uma vez inferidas mediante a falta de conhecimento do interlocutor.
descer para baixo
subir para cima
entrar para dentro

# Solecismo – representa um desvio em relação à sintaxe, infringindo, assim, as normas de regência, colocação e concordância.
Solecismo de regência – Assistimos o espetáculo, em vez de assistimos ao espetáculo.
Solecismo de concordância – Haviam muitos alunos na sala, em vez de havia, dada a impessoalidade do verbo.
Solecismo de colocação –
Falarei-te aos ouvidos, em vez de falar-te-ei aos ouvidos.

Quando surgiu a primeira caneta?

            A escrita foi uma das mais importantes descobertas do homem. Contudo, para a aplicação deste grande avanço, era necessária a criação de certos instrumentos.
            Na escrita cuneiforme, tipo criado pelos babilônicos, eram utilizados pedaços pontiagudos de madeira ou ossos para traçar os escritos, marcando permanentemente o bloco de argila onde eram feitos.
           Durante muitos anos, as penas de ganso foram utilizadas para a escrita. Somente no final do século XVIII é que surgiu a ideia de substituir tal instrumento por um objeto manufaturado. Assim, foram criadas as penas de metal, as quais obtiveram relativo sucesso na época, embora as penas de ave continuassem a ser usadas.
           Durante o século XIX, vários estudiosos tentaram desenvolver uma espécie de caneta com tinta em seu interior, o que chamamos hoje de caneta-tinteiro. Em 1884, Lewis E. Waterman patenteou tal invenção.
            As canetas esferográficas, principal modelo usado atualmente, surgiram em 1937 por meio do húngaro Lásló Bíró, o qual se baseou em uma caneta que não borrava e cuja tinta não secava no depósito, como fazia a velha caneta-tinteiro.
            Vendo o fato de tais canetas serem mais resistentes que as convencionais e funcionarem em grandes altitudes, onde há menos pressão, o governo britânico comprou os direitos da caneta patenteada para que pudesse ser utilizada pela tripulação da Força Aérea Real. Assim, a caneta Biro ganhou grande notoriedade, já que era grandemente empregada pelos militares britânicos na Segunda Guerra Mundial.
           Na Europa, as primeiras canetas esferográficas acessíveis foram produzidas em 1945, por Marcel Bich, cujo mérito foi o do desenvolvimento de um processo industrial de fabricação que reduzia significativamente o custo das canetas por unidade. Em 1949, essas canetas foram lançadas comercialmente sob o nome "Bic", uma abreviação do seu sobrenome, e que era fácil de lembrar pelo público. Dez anos mais tarde, as primeiras canetas "Bic" eram lançadas no mercado norte-americano.
Fonte: www.historiadetudo.com

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Qual a maior palavra da língua portuguesa?

A maior palavra da língua portuguesa possui 46 letras e ganhou registro definitivo em 2001, quando apareceu no dicionário Houaiss. Estamos falando de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico. Antes, o título pertencia ao advérbio "anticonstitucionalissimamente", que tem 29 letras e descreve algo que é feito contra a constituição. O vice era "oftalmotorrinolaringologista", com 28 letras, que se refere ao especialista nas doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta.
O Houaiss é o campeão de palavras na língua portuguesa, mas não traz, por exemplo, palavras da química que têm dezenas de sílabas, usadas para definir compostos. Uma delas é "tetrabromometacresolsulfonoftaleína", que tem 35 letras e indica um corante usado em reações. "Palavras como essa são muito específicas e só aparecem em glossários de terminologia química", diz o filólogo Mauro Villar, do Instituto Antônio Houaiss. 
Entenda cada parte desse vocábulo de 46 letras
Pnmeumoultramicroscópico
Pneumo - Pulmão
Ultra - Fora de
Microscópico - Muito pequeno
Silicovulcanoconiótico
Sílico - Vem de silício, um elemento químico presente no magma vulcânico
Vulcano - Vindo de um vulcão
Coniótico - Vem de coniose, doença causada por inalação de pós em suspensão no ar
Tudo isso junto...
Pessoa que sofre de uma doença pulmonar, a pneumoconiose, causada pela aspiração de cinzas vulcânicas!

Fonte: Mundo Estranho

Curiosidades da Língua Portuguesa

Por que os meses têm esses nomes?
            Você sabia que a maioria dos nomes dados aos meses do ano tem origem no primeiro calendário romano, criado por Rômulo, em 753 a.C.? Esse calendário possuía apenas dez meses, sendo o primeiro deles o mês de março. O responsável por introduzir mais dois meses ao calendário foi Numa Pumpílio (700 a.C- 673 a.C.), o segundo rei de Roma. Tempos mais tarde, optou-se pela troca de alguns nomes, a fim de homenagear o imperador César Augusto. Veja a seguir as razões que justificam o nome recebido por cada mês:
Janeiro - Homenagem ao deus romano Jano (Janus, em latim), o deus da mudança (dos começos e dos fins), com duas faces, olhando em direções opostas, uma para a guerra outra para a paz, uma para o passado (fim do ano) outra para o futuro (ano novo).
Fevereiro - Mês dedicado ao deus da purificação dos mortos, Februa, a quem os romanos ofereciam sacrifícios para expiar as faltas cometidas durante todo o ano.
Março - Homenagem a Marte (Martius), deus da guerra.
Abril - Há duas versões: A primeira baseia-se em uma comemoração sagrada: aprilis, feita em homenagem a Vênus, deusa do amor. A segunda versão viria de aperire (abrir, em latim), referência ao período de abertura das flores, no hemisfério norte.
Maio - Nome baseado em comemorações que honravam duas deusas romanas identificadas com a primavera e com o crescimento de plantas e flores, Maia e Flora.
Junho - Homenagem à deusa Juno, protetora das mulheres e da maternidade. Outra versão diz que deriva do nome de um clã romano chamado Junius.
Julho - No primeiro calendário romano, era chamado de quintilis, por ser o quinto mês do ano. Em 44 a. C., foi rebatizado em homenagem ao grande líder romano Júlio César, que fora assassinado.
Agosto - Por representar o sexto mês do ano no antigo calendário romano, recebia o nome de sextilis. Também foi rebatizado para homenagear outro grande líder, Augusto, que se tornou o primeiro imperador romano.
Setembro - Do latim septem (sete), o sétimo mês, antes do calendário de Numa Pumpílio.
Outubro - Do latim octo (oito), o oitavo mês.
Novembro - Do latim nove, o nono mês.
Dezembro - Do latim decem, o décimo mês.

Grafia dos Meses
           No Brasil, usa-se letra minúscula para grafar o nome dos meses. Já em Portugal e nos países africanos de língua portuguesa, utiliza-se letra maiúscula. Observe: 
Brasil: dezembro
Portugal e países africanos: Dezembro 
Truques
             Você sabia que existe um ditado para ajudar a memorização da quantidade de dias que cada mês tem? Veja:
Trinta dias tem Novembro,
Abril, Junho e Setembro,
Com 28 ou 29 há só um,
E o resto tem trinta e um.
               Outro truque bastante conhecido consiste em fechar a mão e relacionar os meses do ano aos ossos que aparecem. Começa-se a contagem com janeiro: todos os meses que caírem sobre o ossinho têm 31 dias, aqueles que não caírem têm 30, exceto fevereiro, obviamente. Obs.: chega-se ao fim da contagem com julho, que tem 31 dias, reiniciando com agosto, que também tem 31 dias.

Continuação das 100 DICAS


51. Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.
 52. Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.
 53. A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos.
 54. Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.
 55. Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.
 56. Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
 57. O time empatou "em" 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.
 58. À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.
 59. Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).
 60. Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.
 61. A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)
 62. Não "se o" diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.
 63. Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.
 64. Fique "tranquilo". O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi.
 65. Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.
 66. "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.
 67. Favoreceu "ao" time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.
 68. Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.
 69. Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos").
 70. Vou sair "essa" noite. É este que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).

                    Aguardem até a próxima, espero que estejam gostando da postagem!!!!